terça-feira, 4 de agosto de 2009

«A manhã»

manhã1

A manhã estática parada
Entre o Tejo azul e a Torre branca
Que branca e barroca sobe das águas
Manhã acesa de silêncio e louvor
Na breve primavera violenta
Assim a minha vida que era calma
De repente se tornou ânsia e saudade
Mas a brisa da varanda é doce e suave
Um pássaro canta porque alguém regou

Maio de 2000

Sophia de Mello Breyner Andresen

4 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Bom vamos a ver se é desta. É que depois do pc vir da oficina, só por aqui andei umas horitas e foi-se a internet. Ou seja, primeiro tinha internet não tinha pc, e depois vice-versa. Como isto é um casal muito unido um não faz nada sem o outro e daí que eu tenha desaparecido de novo.
Bom ser recebida pela maravilhosa Sophia, e por esta excelente foto.
Um abraço e tudo de bom

Mare Liberum disse...

Leio Sophia todos os dias da minha vida. Posso dizer que nela encontro a terapia adequada para o meu espírito.

Bem-hajas, amiga!

Beijinhos

lagartinha disse...

Brisa fresquinha era do que precisava agora eu...está um calor abrasador!
Beijinhos para ti, antes que a net pife de novo...

peciscas disse...

A Sophia, apesar de ser mais "cá de cima" também soube cantar o Tejo. Que continua a inspirar poetas e autores de canções.