Na rua da solidão,
Sem alegrias nem dores,
Habita o meu coração
À espera dos seus amores.
Meus amores onde estão?
Uns partiram sem querer,
Andam perdidos alguns,
Outros são meus sem os ter
Como se fossem nenhuns.
Quando e como os posso ver?
Há castelos, há inimigos,
Que não os deixam passar,
Mas sei que não temem perigos
E sei que me ouvem chamar.
Quero meus os seus castigos!
Da rua da solidão,
Onde o sol mal chega às flores,
Parte, vai, meu coração,
Em busca dos teus amores.
Meus amores vencerão.
Edmundo de Bettencourt
Fotografia: Michael Meneklis
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