O crepúsculo da manhã nascente sopra o esbraseamento
ténue e branco
em voo na linha do horizonte.
E por sobre límpidas
palidíssimas as luzes urbanas, acende os espelhos
das salinas: quatro águas que estremecem a manhã.
Por trás da casa atrás de nós o húmido marulho
de pássaros frágeis que destecem a sombra.
A teu lado o corpo de quem te convida
à manhã do mundo.
Manuel Gusmão
in Teatros do Tempo,
ed. da Editorial Caminho, 2001.
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