Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar…
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura…
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
12 comentários:
Anamarta,
[...]Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura…
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
Como são certas estas palavras de Miguel Torga!
Beijinho
Torga era um mestre e um sábio
Um abraço e uma boa semana
Boa escolha a de Miguel Torga e a sua viagem.
Também a mim me apetecia viajar por esse mar...
Beijos, Ana.
É verdade, o que importa é partir, sempre. Porque depois chegaremos...
Um beijo, Ana
Passei. Deixo um abraço
Sempre me revejo, português e como ele serrano, na poesia do Torga.
Tentei várias vezes passar por aqui, mas, com o Blogger, não consigo abrir o teu blog. Está pesadito, o senhor...
Ah! E parabéns pelos dois anitos, embora muito atrasados.
Aparece quando puderes. A gente sabe que estás aí e isso é o mais importante.
Quem nasce na serra jamais se desliga das raízes que foram seu berço. Torga é um desses serranos simples, austero como as suas fragas mas de uma humanidade desmedida.
Partir, viajar, sonhar, regressar e partir de novo.
Beijinhos
Bem-hajas!
Nunca me canso de ler Torga ...
um dos meus/nosso escritor de eleição...
foi bom recordar
bjs
Amiga,
Discordo um pouco, mas considero-me burra com'as portas...o que importa para mim mesmo, é chegar e não partir...não percebi a mensagem?!
Bjs e desculpa a ausência...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos). Torga, grande autor, grande humanista, como é possível não ter-lhe sido atribuido o Nobel?
Parabéns (atrasados) pelo 2º. aniversário do blog ! :)
ao ler o poema de Torga,miguel é o maior
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