Entrego a minha voz ao coração do vento
E quanto mais água dos meus olhos corre
Mais fogo acendo
Eu não me entendo
Eu não me entendo
E por ti já gastei o pensamento
Ai amor, ai amor, se o tempo
Já gastou, já gastou o nosso tempo
Eu não me entendo
Eu não me entendo
A primavera do meu tempo
Já gastei a primavera do meu tempo
Já fiz da boca jardins de vento
E não me entendo
E não me entendo
Eu não me entendo
José Luis Gordo
Fotografia: http://olhares.aeiou.pt/
1 comentário:
Este poema é lindo! e tem muito a ver comigo pois por mais Primaveras que passem menos eu me entendo!
Bom gosto
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