domingo, 16 de março de 2008

LISBOA

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Cidade branca

semeada

de pedras

Cidade azul

semeada

de céu

Cidade negra

como um beco

Cidade desabitada

como um armazém

Cidade lilás

semeada

de jacarandás

Cidade dourada

semeada

de igrejas

Cidade prateada

semeada

de Tejo

Cidade que se degrada

cidade que acaba

 

Adília Lopes, POEMAS NOVOS, Edições & etc,

8 comentários:

Meg disse...

Anamarta,

Adília Lopes, uma autora que vale a pena divulgar e que aqui nos chama a atenção para a transformação que as cidades estão a ser sujeitas,
Aconselho vivamente a leitura desta autora.

Um abraço

Isabel Filipe disse...

Não conhecia ...

é um belo poema

beijinhos

Anónimo disse...

Bonito poema para este dia de domingo.
Um Abraço e Bom Domingo

Jorge P. Guedes disse...

Vejo um certo pessimismo nestes versos.
Lisboa é rosada, quanto a mim, cidade menina que continua a ser.

Um abraço.
Jorge G.

peciscas disse...

Gosto de Lisboa.
Gosto de ir a Lisboa.
Mas não goataria de viver em Lisboa.

E, repito, gosto muito de ouvir o Camané.

Unknown disse...

Obg por me ter vindo visitar... Estou de luto... vá o meu blog e saberá porquê... :)

Isamar disse...

Gosto muito de Ad�lia Lopes. Lisboa do Tejo, dos mareantes, das especiarias, das gentes de todo o mundo � uma cidade que muito amo. O seu p�r-do-sol encanta-me.

Beijinhossss

Nothingandall disse...

«Roubei» esta foto para ilustrar o poema «Cidade Branca» de Casimiro de Abreu que coloquei hoje no blog. Está feita a indicação da origem mas se achar inconveniente diga-me alguma coisa. Boa semana com flores, sorrisos e ...poesia!