A ti, que nos dás força,
A ti, que nos impões
simplicidade.
A ti, que nos acordas
e com o rosto sereno
nos ergues de manhã.
A ti, que nada pedes
a não ser um pouco de música
e nada exiges
e nos dás a tua própria ternura.
A ti, que diariamente nos acolhes
e nos trazes riso fresco
e nos dás uvas
e nos fazes cantar
nas horas difíceis.
A ti, que ofereces água
a todos que passam
e mostras um caminho
aos poucos iluminados.
A ti, que com a tua dança,
o teu ritmo, o teu fogo
transformas as paisagens
e deixas ruas cor de ouro
e deixas árvores cor de linho.
A ti, que estás suspensa na noite
como uma lua branca,
e nos enches com a tua claridade
e nos dás esta grande confiança,
esta alegria imensa de crianças.
A ti esperança, eu dedico
agora e sempre
este poema.
João Rui de Sousa (1928) "IN De Palvra em Punho"
Fotografia: Rarindra Prakarsa
16 comentários:
Um belo poema. A merecer uma atenta leitura. De um poeta que eu desconheço totalmente.
Um abraço e bom fim de semana
Sem esperança, não se vive, apenas se vêm passar os dias.
Que a esperança nos acompanhe, para sempre.
Beijos
que bela partilha
não sabes como me encanto com poesia
a ti dedico o poema!
beijinhos muitos
lena
não conhecia o autor ...
é bem lindo o poema
bjs e bom fim de semana
Um poema que sabe bem ler porque transmite esperança no futuro, optimismo, força!
Ana Marta
belo poema!!
belo final de semana a!:)
...bonita a imagem dos meninos! Bonitos os seus versos... Beijos de luz e um domingo muito feliz!!!
Boa escolha. Bom poeta e excelente ensaísta.
E nós a precisarmos tanto dela...
Belo poema!
Bom domingo
entrei, reli o poeta que gosto e partilho contigo outro dos seus poemas
Doer A Dor Da Palavra
Dói-me esta palavra entornada pelo meio.
Dói-me doer o sofrimento
com quantas (poucas) armas tinha,
com quantos objectos não cabiam
no meu escasso pecúlio de defesa.
Dói-me saber quanta pungência,
quanta árdua folha de vigília
se torna necessário trucidar
ou percorrer
- mesmo até ao fim (às árvores glabras),
até ao destroçar das circunstâncias torpes,
de ocultas traições e da destreza
(impante, despudorada)
com que se erguem taças à glória espúria.
Dói-me doer o dia como um fim em festa,
como o arder da casa ou o ruir da pátria.
João Rui de Sousa
com carinho, um abraço meu
lena
Agora e sempre, sim!
Muito bonito.
Abreijos
De esperança bem necessitado anda o mundo!
Não conheço o poeta.
A imagem escolhida é belíssima!
Um abraço, Ana Marta.
Gostei imenso do seu blog. Os meus parabéns!!!
Passei. Deixo um abraço e votos de boa semana.
Esperança.
Por vezes é o que nos resta. E que nos move.
Um beijo e boa semana.
Um excelente poema de um autor desconhecido. Que será de nós quando essa chama que nos alimenta, dá luz aos sonhos e ajuda a prosseguir na caminhada, se apagar? Nem quero pensar!
Hoje e sempre louvemo-la!
Beijinhos
p.s. Desculpa a ausência.
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